BRONCO BILLY
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Dennis Hackin
Produção: Dennis Hackin e Neil Dobrofsky
Ano: 1980
Elenco: Clint Eastwood, Sondra Locke, Geoffrey Lewis...
Duração: 116 minutos
O sempre durão Clint Eastwood mostra seu lado romântico, dramático e até mesmo engraçado em um faroeste genérico.
Análise: Quando ouvimos falar em Clint Eastwood, logo pensamos em seus papéis no cinema representando um cara durão, sempre bancando o herói, não importando se está com ou sem chapéu. Neste filme isso acontece, mas não com certa clareza. O diretor, ator e acima de tudo “mito”, Eastwood tenta entrar em cena mais romântico e algumas vezes dramático, como é sua obra. Para quem esperava um filme totalmente cheio de ação, esqueça... Bronco Billy não é para você, forasteiro; a película também não é para você caso acreditasse que seria um western falando sobre algum mito dos desertos (no caso Bronco Billy); ela consegue se alternar entre alguns momentos cômicos e engraçados e outros momentos de puro heroísmo, mas é sem dúvida focada em um lado sentimental, na força de vontade dos personagens que tentam reerguer o circo de Bronco Billy (Clint Eastwood), o qual se encontra à beira da falência e do desastre.
Sendo assim, o filme não mostra com clareza o lado durão de Clint Eastwood, mas quem realmente o entender irá perceber que Bronco Billy é um homem forte e corajoso. Quando digo isso, não quero dizer “forte com suas armas”, mas sim com a força de vontade que Billy possui para deixar – a medida do possível – seu circo em pé. Ou seja, a bravura de Eastwood é retratada de maneira diferente e muito inteligente, buscando desafiar o telespectador a entender o real significado da palavra que Clint leva consigo em seus filmes de ação. Porém é claro que, em um filme de faroeste com Clint Eastwood, é inevitável que uma cena ou outra mostre o momento “herói” do ator, como no vídeo abaixo:
Para que se entenda melhor a história, Bronco Billy é o dono de um circo que faz apresentações dentro de cidadezinhas do estado norte-americano, realizando números artísticos de faroeste, como montarias a cavalo, atirar com os olhos vendados e, por tais motivos, ele recebe a alcunha de “o gatilho mais rápido do Oeste”. Tudo ia bem, até que uma onda de problemas e azar se estabelece no circo: salários de seus funcionários atrasados, assistentes de Billy saindo, apresentadores se machucando durante apresentações e, de quebra, a tenda de seu circo pegou fogo. Então, antes de uma apresentação em uma cidade, Billy conhece uma milionária (Antoinette Lily, representada por Sonda Locke) abandonada por seu marido (John Arlington, por Geoffrey Lewis). Ela parecia ser a solução dos problemas de Billy, e como se não bastasse, além de tornar-se a sua assistente, acaba se envolvendo amorosamente com o herói de toda a história.
A película demonstra, apesar de tudo, alguns clichês, estes sendo uma mistura de filmes românticos, de comédia e de ação, porém tornando o resultado final único. Também mostra um Clint amadurecido, tanto como diretor quanto como ator, já que ele não busca ser o centro das atenções e sempre está dividindo a tela com mais pessoas, quase sempre representadas de forma cômica. Ele também não se preocupa em mostrar ao público que é o cara forte, o qual acaba com tudo e com todos apenas com seu poder de fogo: ele é um simples homem, dono de um circo e que mostra o quão forte é, com ou sem armas. Aliás, Eastwood nos proporciona um verdadeiro show com o seu circo: um show de perseverança, de coragem e de força de vontade para ir em frente, sem desistir de nada.
MINHA NOTA PARA ESTE FILME: 8,0.
ANÁLISE FEITA POR BRUNO BARRENHA.
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