29 de junho de 2011

Crítica: Consciências Mortas

The Ox-Bow Incident

(Consciências Mortas)

Direção: William A. Wellman

Roteiro: Lamar Trotti

Produção: Lamar Trotti

Ano: 1943

Elenco: Henry Fonda, Dana Andrews, Anthony Quinn...

Duração: 75 minutos

Com um ótimo roteiro adaptado por parte de Lamar Trotti, só bastou o diretor William A. Wellman realizar um filme quase perfeito para sua época.

Análise: Consciências Mortas é um western americano cujo roteiro é baseado no romance de Walter Van Tiburg Clark, contando com vários grandes nomes do cinema norte-americano, sendo ainda famoso por sua história interessante e diferente. Foi nomeado para o Oscar de "Melhor Filme" do ano de 1944.

A película logo começa com dois forasteiros - Art Croft (Harry Morgan) e Gil Carter (Henry Fonda) - chegando à cidade de Brigder’s Wells e encontrando os moradores furiosos pelos recentes roubos de gado. Mais tarde, os cidadãos de Brigder’s Wells descobrem que Kinkaid, um bom homem cristão, havia morrido e ficam ainda mais furiosos, assim criando um grupo para tentar capturar os assassinos e os ladrões de gado, os quais eles pensam serem os mesmos. No canyon de Ox-Bow, o grupo acha três homens suspeitos: Donald Martin (Dana Andrews), Juan Martínez (Anthony Quinn) e Alva Hardwicke (Francis Ford). Estes homens estão com os gados em posse, que segundo Martin, foram comprados de Kinkaid, mas logo eles se tornam culpados. Após o grupo linchar os homens, é revelado que Kinkaid não estava morto e que os ladrões de gado já estavam presos.

Como visto acima, o filme conta uma belíssima história e mostra o quão irresponsável pode ser o famoso ato de "se fazer justiça com as próprias mãos sem ao menos dar chance de defesa ao ser julgado, sem dar a este a chance de tentar provar a inocência". Isto pode acabar sendo caro também para o lado que tentou fazer justiça, ficando com o peso na consciência e até se matando, como acontece no fim do filme com um integrante do grupo. Na película, podemos perceber que não se tem um ator principal, sendo todos muitos importantes para o desenrolar da história. Além disso, também há algo que acabou por "estragar" parte da obra: a introdução de Rose (Mary Hugnes), a qual é citada no começo do filme por Gil Carter, aparecendo no meio e depois nunca mais se ouvindo falar da personagem.

O roteiro Lamar Trotti conseguiu ser adaptado muito bem para o cinema, com falas de tirar o fôlego e ainda contando com ajuda da genialidade de William A. Wellman, que fez algo diferente e bom, passando uma mensagem para os espectadores: todas as pessoas merecem um julgamento justo, com provas concretas, sem serem carregadas pelo sentimento de vingança capaz de julgar outra com poucas provas.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

2 comentários:

  1. Um grande filme, sem dúvida, e o tema por mais incrível que pareça, ainda é atualíssimo.
    Parabéns pelo texto.

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  2. Puxa mais para um lado psicológico do que para aquele monte de tiros, e foi justamente por isto que acabou se tornando um marco para a época em que foi realizado.

    Ah, sem contar que é, assumidamente, um dos favoritos de Clint Eastwood!

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