3 de agosto de 2011

Crítica: Pequeno Grande Homem

Little Big Man

(Pequeno Grande Homem)

Direção: Arthur Penn

Roteiro: Calder Wilingham

Produção: Stuart Millar

Ano: 1970

Elenco: Dustin Hoffman, Faye Hoffman, Chief Dan George…

Duração: 139 minutos

Um filme que não se apega aos clichês e tem uma história muito interessante.

Análise: O Pequeno Grande Homem é um western norte-americano responsável por carregar em seu interior um espírito cômico, sem os famosos clichês do gênero. A história - que é baseada em uma obra de 1964 do escritor Thomas Berger - é bem diferente, mostrando as várias e diferentes fases que um velho de incríveis 121 anos de idade passou em sua emocionante vida.

O filme acontece por meio da narração de Jack Crabb (Dustin Hoffman), o tal velho de 121 anos, que conta todas suas aventuras para um historiador (William Hickey). A primeira fase mostrada no filme é quando Jack ainda tem dez anos e é capturado junto com sua irmã Caroline (Carole Androsky) por índios Cheyenne. Caroline foge e deixa seu irmão para trás; ele passa a ser criado pelos índios, especialmente por Old Lodge Skins (Chief Dan George), o qual recebe o carinhoso título de "avô". É também neste momento em que o garoto Jack recebe o apelido de Pequeno Grande Homem: era baixo em relação aos outros, porém destemido sem igual. Como nem tudo são flores, Jack faz de Younger Bear (Cal Bellini) um rival na tribo, mas este lhe deve a vida por ser salvo em um ataque. A partir daí, ele passa por mais diversas fases e histórias, como por exemplo a de quando já tinha 16 anos e virou um religioso seduzido pela esposa do reverendo Silas Pendrake Louise (Thayer David) e, desiludido, foge de onde estava; a de quando vira um comerciante e acaba se casando com Olga (Kelly Jean Peters); ao reencontrar a irmã, ele vira um pistoleiro e fica conhecido como Sody Pop Kid, conhecendo o famoso Wild Bill Hickok, mas este logo faz Jack desistir da carreira ao matar uma pessoa; quando vira um condutor de mulas e passa a trabalhar para o oficial da cavalaria George Armstrong Custer (Richard Mulligan), porém larga o emprego após ver a cavalaria matar mulheres e crianças em uma batalha; quando se torna um caçador e vê uma pata de um animal preso em uma armadilha, até pensando em se matar por isso, porém ao ouvir barulhos de corneta não faz tal ato, sendo que estes barulhos eram da tropa de George Armstorng. Então Jack é contratado como olheiro e durante uma batalha, é salvo por Younger Bear, assim pagando a sua divida com ele. Finalmente, o filme acaba com Jack de volta à conversa, pensando profundamente no asilo e expulsando o historiador com quem conversava sobre suas histórias.

Como dito acima, este western não tem clichês, mostra uma história totalmente diferente e a rivalidade entre os homens brancos e os índios de uma forma diferente, sendo que os brancos são mostrados como os malvados. Sem contar que a máscara de látex usada por Dustin Hoffman no começo do filme merece uma menção aqui: ele fica com um aspecto totalmente real de uma pessoa bem velha. Inclusive, sua atuação é boa, já que é como se ele tivesse vários papéis no filme devido as várias alterações da vida de seu personagem; fora ele, também se pode destacar a atuação de Chief Dan George. Um bom detalhe é que são mostrados dois personagens reais no filme: Wild Bill Hickok e Geoge Armstrong Custer.

"Encontros e desencontros", é assim que o filme pode ser resumido. Jack, durante toda a história, encontra e reencontra pessoas, muitas vezes tendo que deixá-las para trás. Com certeza, o melhor do filme é a história sem clichês, também podendo destacar a boa trilha sonora de Jhon Hammond e a direção de Arthur Penn, que consegue pôr tons cômicos em falas e ações dos personagens. Um erro é que o filme tem mais de duas horas e isto o torna cansativo.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

3 comentários:

  1. parabens, valeu pelas informações.

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  2. Ola Thierry, assisti o filme a muito tempo e não lembrava muito bem do enredo, gostei da sinopse.
    abraços,Vi

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  3. Gosto deste filme, nao sei porque. As vezes ele se parece com ForrestGump, a Era do Radio, Um Estudo de Vermelho de sir arthur conan doyle, gosto de filmes que contam e contam historias, sou um apaixonado pelo Cinema em especial dos Filmes de Chaplin.

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