19 de outubro de 2011

Crítica: Disparo para Matar

The Shooting

(Disparo para Matar)

Direção: Monte Hellman

Roteiro: Carole Eastman

Produção: Jack Nicholson e Monte Hellman

Ano: 1966

Elenco: Warren Oates, Will Hutchins, Jack Nicholson, Millie Perkins...

Duração: 82 minutos

Um filme simples e sem tantos recursos, porém que ao final se resulta em algo considerável, principalmente por conta das atuações.

Análise: Disparo para Matar, de Monte Hellman, é um western americano, do ano de 1966. Devido ao seu baixo orçamento, o filme conta com poucos recursos para se tornar melhor do que foi. Seu elenco é razoável, mas surpreende a todos os espectadores com boas atuações, nas quais mais se destacam Millie Perkins e o ainda novo Jack Nicholson.

A trama é básica: Willet Gashade (Oates) acaba de regressar da cidade para um acampamento mineiro, desvendando que o seu irmão Coin fugiu do local e o amigo Leland Drum (B.J. Merholz) havia morrido; lá está apenas um abalado e medroso Coley Boyard (Will Hutchins), devido ao fato que ocorrera.

No dia seguinte, uma mulher que não revela seu nome (Millie Perkins) chega ao acampamento e oferece a Coley e Gashade uma quantia de 1.000 dólares, sendo que esta seria repartida entre eles para que a ajudassem a ir até Kingsley. Durante o percurso com destino à cidade, a mulher demonstra ser uma pessoa rude e não passa confiança aos homens.

No meio da jornada, Billy Spear (Jack Nicholson) se junta ao grupo após estar lhes seguindo – a pedido da jovem – e logo demonstra ser um cara mau, implicando de maneira incômoda com os dois primeiros cowboys, principalmente Coley.

Como um resumo geral, o grupo passa por muitos imprevistos por conta do forte calor do deserto, até conseguir o objetivo da Mulher: encontrar Coin.

Chegando ao fim de tudo, percebemos o quão inovador a película pode ter se tornado, visto que traz uma mulher em um dos papéis principais e, acima de tudo, ela se assemelha à figura do Homem Sem-Nome, de Sergio Leone. Entretanto, vemos que a “Mulher Sem-Nome” é mais fria, misteriosa e não mostra tanta habilidade com a arma igual o personagem interpretado por Clint Eastwood.

Um fato interessante é o de que a Mulher nunca comenta o porquê de estar indo para Kingsley, e sempre ignora as perguntas de Coley e Willett. O até então jovem Jack Nicholson faz uma boa atuação no papel de um cara misterioso e sombrio, mostrando implicância com os acompanhantes da Mulher.

Apesar de tudo, este western é bem limitado, sobretudo devido à falta de orçamento. Conta com uma boa direção de Monte Hellman que, mesmo sendo simples, alterna entre bons e diferentes planos de câmera. Finalizando, também contém lindas paisagens durante a viagem dos protagonistas para Kingsley.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

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