23 de outubro de 2011

Crítica: Uma razão para viver, uma razão para morrer

Una ragione per vivere e una per morire

(Uma razão para viver, uma razão para morrer)

Direção: Tonino Valerii

Roteiro: Ernesto Gastaldi, Tonino Valerii e Rafael Azcona

Produção: Alfonso Sanssone

Ano: 1972

Elenco: James Coburn, Bud Spencer, Telly Savalas...

Duração: 92 minutos

Carregado por um elenco de peso e um épico final, o filme do ex-assistente de Sergio Leone conta uma ótima história e uma incrível surpresa.

Análise: Uma Razão Para Viver, Uma Razão Para Morrer, do diretor italiano Tonino Valerii, é um mediano western europeu e têm todos os ingredientes para um bom filme do gênero: a Guerra da Secessão, a busca ao ouro, os tiroteios e a vingança.

Durante a Guerra Civil Americana, o Coronel Pembroke (James Coburn) está em busca de conquistar o Forte Holman, o qual outrora já havia pertencido ao Exército da União e tinha o próprio Pembroke no poder. Para ajuda-lo nesta missão quase impossível, o Coronel recruta sete prisioneiros que estavam prontos para serem mortos. Entretanto, durante o caminho para o Forte, alguns dos prisioneiros se desentendem com Pembroke e este cria uma mentira para motivar os seus ajudantes, dizendo que em Holman havia meio milhão de dólares. Com tal motivação, Coronel Pembroke e seus ajudantes conseguem invadir o Forte, mas acabam sendo percebidos e é iniciado um épico tiroteio, revelando o verdadeiro motivo de Pembroke tomar conta do local.

O filme tem bastantes planos longos, os quais vão ao extremo: alguns são um tanto quanto desnecessários, porém outros feitos com tamanha perfeição. E, embora possuindo um elenco de peso com afamados atores, como o grande Bud Spencer e também James Coburn, as atuações não são o ponto mais alto de Uma Razão para Viver, Uma Razão para Morrer. Neste filme, a direção de Tonino Valerii se destaca, mas o ponto principal é – sem dúvida alguma – a boa atmosfera criada através da história e também a surpresa da real motivação do Coronel Pembroke em conquistar o Forte Holman.

Por fim, a película conta com bons efeitos visuais, principalmente nas ótimas explosões. Todavia, também há reveses: existem poucas cenas com sangue, sendo que no final do filme há um intenso tiroteio e este elemento substancial não se torna presente.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

3 comentários:

  1. É um dos meus westerns favoritos. O elenco é formidável. Sei que muitos consideram o filme desequilibrado por deixar a acção quase toda para o último quarto de hora mas pessoalmente parece-me muito bem. A direcção de Valerii é bastante competente, um dos meus realizadores de eleição no western europeu.


    --
    Pedro Pereira

    http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
    http://auto-cadaver.posterous.com
    http://filmesdemerda.tumblr.com

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  2. Este filme é um bom western cheio de ação e explosões. Mais tarde, para tentar lucrar ainda mais (principalmente pelos filmes cómicos de Bud Spencer), algumas editoras fizeram uma estúpida versão cómica deste filme através de uma nova dobragem das vozes.
    Se no texto foi mencionado pouco sangue para tão intenso tiroteio, não podemos esquecer que estamos a falar do início dos anos 70.
    Para terminar, a fortaleza chama-se EL CONDOR e as suas ruínas ainda hoje existem no deserto de Tabernas, em Almería.

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  3. Não há o que contrariar a respeito do sangue nas cenas de combate. Assino embaixo do que disse o Emanuel...

    Até podemos citar "The Wild Bunch", de Peckinpah, para desenrolar tal afirmação, porém o nível dos dois filmes eram totalmente diferentes!

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