14 de dezembro de 2011

Crítica: Jesse James – Lenda de Uma Era sem Lei

JESSE JAMES

(JESSE JAMES – LENDA DE UMA ERA SEM LEI)

Direção: Henry King

Roteiro: Nunnally Johnson

Produção: Darryl F. Zanuck

Ano: 1939

Elenco: Tyrone Power, Henry Fonda, Nancy Kelly...

Duração: 106 minutos

A primeira das projeções revelando o desenvolvimento do pistoleiro mais conhecido do velho-oeste, Jesse Woodson James.

Análise: Jesse James – Lenda de uma Era sem Lei é um western norte-americano do ano de 1939, com a participação de Henry King na direção e um roteiro de Nunnally Johnson, levemente baseado na incrível lenda de um dos maiores pistoleiros do velho-oeste estadunidense: o fora-da-lei Jesse James.

Entretanto, apesar de representar todos os familiares e pessoas que cercaram a vida de Jesse, o filme muda vários fatos de sua história. Além disto, o projeto possui uma continuação: O Retorno de Frank James (Fritz Lang, 1940), o qual por vez dá mais espaço à vida de Frank, demonstrando o que ele fez após a morte de seu irmão, Jesse.

Além do progresso que vivia os Estados Unidos da América, a película também projeta o avanço de Jesse Woodson James (Tyrone Power) e Frank James (Henry Fonda) para o mundo dos facínoras; ou seja, à medida que seu país se desenvolvia, os simples agricultores também transformavam suas vidas.

Imediatamente em sua abertura, é possível visualizar a vontade e o poder dos ferroviários: eles compram terras para construírem suas ferrovias, porém com preços absurdamente baixos, não dando outras opções para os proprietários, fazendo-os vender de qualquer jeito. Mas, ao tentarem adquirir as terras da mãe dos irmãos James, eles não obtêm sucesso, justamente por conta do uso da violência que Jesse e Frank aplicam contra os ferroviários. A partir daí é criada, então, uma arrebatadora rixa entre Jesse e a ferrovia.

Posteriormente, temos a fuga de Jesse e a criação de sua gangue, com a qual se torna o pistoleiro mais procurado e temido do oeste. No encerramento, o assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford comove os espectadores, sobretudo pela causa de eles já terem criado certa afeição pelo fora-da-lei.

Fora as situações de aventura, é claro, também há o exímio humor dos filmes norte-americanos: podemos vê-lo, principalmente, nas cenas onde aparece o Major Rufus Cobb (interpretado por Henry Hull). Além da comicidade, a presença do romance é igualmente mais do que certa: Jesse James acaba se casando com Zerelda ‘Zee’ Cobb (Nancy Kelly) e, mesmo depois de se separarem, é possível ver que os dois eram verdadeiramente apaixonados.

Estimulado por um elenco de nomes clássicos na sétima-arte (Tyrone Power, Henry Fonda, Randolph Scott, John Carradine...), Jesse James – Lenda de uma Era sem Lei se torna um apreciável filme, com uma eficiente direção de Henry King, a qual se encaixa perfeitamente na história.

Contudo, apesar de seus fatos favoráveis, o filme também acabou se metendo em uma grande polêmica por conta de uma cena em que um cavalo cedeu de um penhasco e caiu diretamente em um rio, matando o animal. Pelo desastroso acontecimento, iniciou-se a prevenção de maus tratos em animais durante os filmes.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

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