2 de outubro de 2010

Por um punhado de dólares


Por um punhado de dólares

(For a fistful of dollars)

Direção: Sergio Leone

Roteiro: Victor Andrés Catena, Sergio Leone, Jaime Comas Gil, A. Bonzzoni

Produção: Arrigo Colombo, Giorgio Papi

Ano: 1964

Elenco: Clint Eastwood, Gian Maria Volonté, José Calvo…

Duração: 100 minutos

Você já ouviu falar em western spaghetti? Não? Preste atenção, este gênero começa a partir deste filme

Análise: O filme é inspirado em Yojimbo (1961), comédia do importante diretor Akira Kurosawa. O japonês, inclusive, teimou em receber um punhado de dólares por isso, dizendo que o filme italiano seria um remake do seu. Pois bem, insistiu tanto que conseguiu uma fatura de cem mil dólares. Além de faturar tudo isso, ainda soltou uma piada irônica: “Consegui mais dinheiro processando o Leone do que com meu próprio filme”.

“Por um punhado de dólares”, o primeiro filme da Trilogia dos dólares apresenta ao mundo o western spaghetti. Estes filmes eram feitos na Europa e, no início, eram vistos como produções baratas - e que até recebiam os nomes de “faroestes B” -, já que os faroestes feitos nos Estados Unidos deveriam ser o A. Apesar disso, o western spaghetti conquistou seu lugar com honra e também trouxe para o mundo um dos mais espetaculares diretores do mundo cinematográfico - Sergio Leone - e um grande ator - Clint Eastwood, o qual só participou da trama porque iria conhecer a Espanha e Itália, sem imaginar que faria um sucesso estrondoso.

No filme, Clint interpreta um forasteiro de poucas palavras e sem nome, mas que alguns o creditaram como Joe. Ao chegar na cidade de San Miguel, ele se confronta com muita violência, medo da população e duas gangues inimigas: Baxter e Rojos. Observando isso, o forasteiro vê que pode conseguir muito dinheiro, oferecendo seu serviço às duas gangues.

O enredo te leva para dentro do filme; as cenas são envolventes e com certo suspense. Sem falar da trilha sonora: Ennio Morricone, o grande músico do faroeste, participando dos filmes de Leone desde o começo.

A película passa a ficar mais agitada em sua segunda parte, com os acontecimentos se desenvolvendo mais depressa. Uma das partes importantes são as cenas feitas à noite, onde o diretor italiano saiu-se muito bem com a iluminação, deixando tudo claro às vistas do espectador.

Importante dizer também sobre a parte final do filme, em que Joe vai duelar com os membros de uma das gangues da cidade de San Miguel, a gangue dos Rojos. Ele utiliza uma peça de metal sobre o peito, coisa que Ramón (Gian Maria Volonté), líder da gangue, também fazia ao decorrer do filme. Ao disparar diversas vezes com um rifle no peito de Joe, Ramón se surpreende por não ver seu rival morto. Ao tirar a peça do peito, Joe e Ramón travam um duelo sincero, com o forasteiro se dando bem e salvando seu amigo que o ajudou desde que chegou à cidade de San Miguel, Silvanito (José Calvo).

MINHA NOTA PARA ESTE FILME: 8,5

ANÁLISE FEITA POR BRUNO BARRENHA

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