27 de novembro de 2010

Sete Homens e um destino

Sete Homens e um destino

(The Magnificent Seven)

Direção: John Sturges

Roteiro: William Roberts

Produção: John Sturges

Ano: 1960

Elenco: Yul Brynner, Steve McQueen, James Coburn, Charles Bronson, Robert Vaughn, Brad Dexter, Horst Buchholz, Eli Wallach…

Duração: 128 minutos

Uma película que mostrou ao mundo que não existe apenas John Wayne no western-norte americano

Análise: Se logo de cara eu pedisse a vocês: “Citem um ator de westerns norte-americanos dos anos 50 e início dos 60”. Suas bocas iriam deslizar suavemente sussurrando John Wayne. Após “Sete Homens e um destino”, isso mudou. O western norte-americano passou a não depender mais de Wayne e lançou sete magníficos atores ao mundo cinematográfico. É então que só após quatro anos do lançamento deste filme, o western em geral passaria a depender de alguém como dependeu de Wayne, e este alguém seria Sergio Leone com seu punhado de filmes e seu arsenal de ideias.

Algo também muito curioso é que o diretor John Sturges baseou-se no filme “Os Sete Samurais”, de 1954 e do diretor japonês Akira Kurosawa. Sim, aquele mesmo que processou Leone! Apesar de tudo, não houve nenhum tipo de processo contra Sturges.

Apesar de todas as atuações merecerem destaque, a que possui um complemento, um “algo a mais” é a de Horst Buchholz - com 17 anos na época - que apresentava ao público um dos sete magníficos, de nome Chico.

Outro importante ponto é a trilha sonora, sempre comentada por mim. Elmer Bernstein foi responsável por criar uma das mais famosas trilhas sonoras do cinema western.


Algo que também chama a atenção é a forma de como a história é mostrada. Primeiro aparece o vilão da história, o temido Calvera (Eli Wallach), o qual assombra uma aldeia de mexicanos com sua gangue. Após ele, os personagens que formariam a história vão aparecendo em sequência, um em cada cena, mostrando a maneira da qual entraram no grupo liderado por Chris Adams (Yul Brynner), este que recebeu a proposta para proteger a aldeia. O grupo formado mais tarde seria aclamado como “Os Sete Magníficos”.

Como prometido, os sete homens se juntam e partem em direção a aldeia. Lá eles ensinam os membros da aldeia a atirarem e fazerem o necessário. As cenas de conflitos entre o grupo de Calvera e os Sete Magníficos são muito bem filmadas: tiros para os lados, se perdendo na trilha aventureira de Bernstein, além de belas atuações dos atores. Após alguns desses conflitos, os homens vão se ligando a focos diferentes do desejado. Chico encontra uma garota, a qual se apaixona. Bernardo (Charles Bronson) vira o grande ídolo para um grupo de três garotinhos.

No último conflito, vemos como elemento principal a violência em geral. Tanto os sete homens contratados como as mulheres e homens da aldeia lutam contra Calvera. As armas utilizadas vão de cadeiras, machadinhos, facas, até o mais comum: as pistolas e rifles. Os tiros são escutados em grande escala e não param de soar um minuto. No final de tudo, os sete homens conseguem salvar a aldeia, dão o sangue e por isso, o que eram sete, se tornam três. Chris Adams, Vin (Steve McQueen) e Chico, porém o último decide ficar com a garota que se apaixonou. Os outros dois seguem o caminho e o filme termina com a frase de Adams: “Os lavradores ganharam. Nós perdemos. Perdemos sempre”.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME: 10.

ANÁLISE FEITA POR BRUNO BARRENHA.

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