1 de janeiro de 2011

... e o ano novo começa quente!

Hoowdy! Bruno aqui. Hoje vim oferecer ano novo (paz, saúde, alegria, etc...) para todas as pessoas que acompanham ao blog e que gostam de apreciar a sétima arte. Talvez vocês não saibam o motivo do título da postagem (... e o ano novo começa quente!). Bom, o motivo é simples: analisarei hoje um dos melhores westerns já realizados, um dos grandes filmes do grande diretor/ator/produtor/musicista Clint Eastwood. Para quem não sabe qual filme é, confira a análise.

OS IMPERDOÁVEIS
(UNFORGIVEN)

Direção: Clint Eastwood

Roteiro: David Webb Peoples

Produção: Clint Eastwood

Ano: 1992

Elenco: Clint Eastwood, Morgan Freeman, Gene Hackman...

Duração: 131 minutos

Em uma das melhores atuações de sua carreira, Eastwood despacha os clichês dos faroestes para montar uma obra-prima.

Análise: Clint Eastwood nunca havia recebido um Óscar, o que para muitos era uma injustiça. Acostumado a ser consagrado como herói em filmes de faroeste (este que alavancou a carreira de Eastwood), ele conseguiu remontar a imagem do gênero que, anos permaneceu fora do mundo cinematográfico. Depois de realizar a obra-prima “Os Imperdoáveis”, um dos maiores westerns e melhores filmes de Eastwood (perdendo para Gran Torino, em minha opinião), ele recebeu – mais que merecidamente – dois dos mais sonhados Óscares: o de Melhor Diretor e de Melhor Filme do Ano. Além disso, faturou o troféu de Melhor Montagem (por Joel Cox) e também de Melhor Ator Coadjuvante (Gene Hackman). Ainda perdeu em outras categorias: Melhor Ator (Al Pacino ganhou), Direção de Arte, Fotografia e Roteiro.

Como dito mais acima, este filme de Eastwood despachou os clichês dos faroestes já realizados. Em muitos, a batalha de “brancos X índios” eram comuns. Neste, nos confrontamos de cara com o conflito entre os próprios homens brancos. É importante também dizer o como a melancolia incorpora na obra, principalmente em harmonia com a cena final do filme, em que a escuridão do saloon antes do tiroteio transmite isso. Após o tiroteio, a chuva também mostra esta tal melancolia, muitas vezes inexistente no gênero. Outro clichê derrubado foi o papel da mulher. Neste filme, a figura feminina obteve um papel muito importante para que a película pudesse rodar e formar a história que foi formada. Muitas vezes inutilizada em filmes de bangue-bangue, neste a mulher teve grande importância, tanto para a história como para o próprio filme. Outro fato que culminou no sucesso do filme foi o elenco. Grandes nomes do cinema se encontram presentes na película, como Morgan Freeman e também Richard Harris (mais conhecido por interpretar Alvo Dumbledore, no primeiro filme de Harry Potter), além do grande e magnífico Clint Eastwood. Além deste detalhe, a fotografia é magistral, como já era de se esperar, por ser um filme de faroeste. As imagens da natureza e de locais inusitados são fantásticas.

CUIDADO! AQUI VEM UM SPOILER. PARA QUEM NÃO VIU O FILME E QUER VER, MELHOR NÃO LER.

Com uma boa atuação de Anna Levine, a prostituta de nome Delilah que teve seu rosto retalhado e busca por vingança no restante do filme, oferecendo uma recompensa para quem matasse os homens que cometeram a tal atrocidade. O xerife da cidade, Little Bill (Gene Hackman), não aceita que os homens sejam caçados e apenas pede para que eles paguem uma indenização ao dono do saloon. As prostitutas, sabendo disso, insistem e mesmo assim oferecem a recompensa. Ao ficar sabendo desta, um rapaz míope apelidado por si mesmo de Schofield Kid (Jaimz Woolvett) vai atrás do já velho e aposentado pistoleiro William Munny (Clint Eastwood), para conseguir a recompensa. Munny, após seu passado obscuro, casou-se e se endireitou, porém sua mulher morrera e então passou a viver decentemente com seus filhos, cuidando de porcos. Ele pensa com cuidado na proposta e volta a treinar sua velocidade e pontaria com a arma. Após tudo já pensado, convida o antigo companheiro Ned Logan (Morgan Freeman) para ajuda-lo na jornada e topa dividir a grana. No entanto, não serão apenas eles que tentarão ganhar a recompensa: outro pistoleiro, English Bob (Richard Harris), chega à cidade e é apanhado pelo xerife que o usa como exemplo para que os outros caçadores não apareçam. Após a morte de um dos homens, Ned desiste de matar o outro e é pego, sendo torturado pelo xerife, o qual quer saber do paradeiro dos dois caçadores que restam. Ele é e fiel e não fala, porém isso acaba lhe causando a morte. Nesta altura, o outro homem que restava é morto por Schofield Kid, que confessa nunca ter matado ninguém em sua vida e se sente mal. É quando que Munny descobre da morte de Ned e vai vingar-se. Então que uma das melhores e mais marcantes do filme chega: o final. Não há palavras para descrevê-la, é simplesmente in-crí-vel! No vídeo, as falas estão em inglês, mas procurem ficar sabendo o diálogo entre Munny e o xerife, é algo fantástico. Vou dar uma canja:

Xerife Little Bill – Você atirou em um homem desarmado!

Munny – Deveria ter se armado quando decorou o seu saloon com meu amigo.

“Os Imperdoáveis” foi uma obra-prima do cinema e é considerado por muitos, um dos melhores westerns já realizados. Clint Eastwood realmente se superou neste filme, tanto na direção como em sua magnífica atuação. Mereceu os Óscares que ganhou e mostrou que os faroestes de atualmente podem se igualar aos do passado, do mestre Sergio Leone, apesar de ser difícil.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME: 10.

ANÁLISE FEITA POR BRUNO BARRENHA.

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