25 de maio de 2011

Crítica: Warlock

Warlock

(Minha Vontade é Lei)

Direção: Edward Dmytryk

Roteiro: Robert Alan Aurthur

Produção: Edward Dmytyk

Ano: 1959

Elenco: Richard Widmark, Henry Fonda, Anthony Quinn…

Duração: 122 minutos

Mais um western americano com boa história e pouca ação.

Análise: Warlock é um filme visto pelos olhos do diretor canadense Edward Dmytryk baseando-se no livro de mesmo nome, escrito por Oakley Hall; apesar de sua nacionalidade ser diferente, ele fez muitos filmes no país vizinho, Estados Unidos. E com isso, podemos ver claras diferenças entre os westerns norte-americanos e os spaghettis (que surgiram apenas em 1964). Nas películas americanas havia menos violência, não mostrava uma pessoa sendo acertada por um tiro ou uma faca e a visualização do sangue era dificultada pelas câmeras; enquanto na Itália isso era totalmente ao contrário, possuindo muita violência e muito sangue, o que por essa característica teve duras críticas ao seu respeito. Também podemos ver diferenças entre as cidades usadas nos filmes americanos (maiores) e as da Europa (menores e muitas vezes com apenas uma rua). Ah, ainda existem os atores, em que os americanos eram mais renomados que os atores das películas europeias, como Clint Eastwood, Gian Maria Volonté, Franco Nero, etc...

Warlock é uma pequena cidade que estava sendo amedrontada por um grupo de cowboys liderados por Abe McQuown (Tom Drake), até que o comitê de cidadãos contrata Clay Blaisedell (Henry Fonda) para ser o delegado da cidade. No primeiro encontro entre Blaisedell e McQuown, o primeiro levou a melhor sem precisar atirar e um dos cowboys do segundo, Johnny Gannon (Richard Widmark), decidiu ficar na cidade e mais tarde virou ajudante do xerife de Warlock. A partir daí ocorrem uma série de confusões com Johnny Gannon tentando proteger a cidade dos cowboys, os quais estavam procurando vingança por quase serem presos e ainda estavam sendo liderado pelo irmão de Johnny, Billy Gannon (Frank Gorshin), além também pelas desavenças entre a cidade de Blaisedell e seu amigo Tom Morgan (Anthony Quinn).

A película, como dito anteriormente, foi baseada num livro de Oakley Hall. Robert Alan Arthur conseguiu adaptar o filme muito bem, porém foi prejudicado pelo cinema americano, tendo muitas cenas em que no western spaghetti possivelmente aconteceriam tiroteios; neste filme acontece que os atores simplesmente sacam as armas para ver quem é o mais rápido, o que é inexistente no spaghetti. Mas não é um grande problema, já que no próprio livro poderiam haver poucos tiroteios. Independente disto, a falta de ação e violência no filme também pode ser notada, sendo que nunca mostrava a pessoa sendo atingida pela bala. Isto é visto em uma parte do filme, onde o barbeiro da cidade é morto e é mostrada apenas a parte de cima do peito do ator, sem mostrar o tiro lhe acertando; também é mostrada na cena mais violenta do filme, em que há um espancamento e como consequência uma mão esfaqueada, apenas mostrando um pouco de sangue.

Fora seus comuns erros (normal, todos filmes têm os seus), há também as belas atuações, contando com um elenco experiente e a não tão envolvente trilha sonora. Traduzindo: este é um bom filme, com um bom roteiro, com boas atuações, mas que também poderia ser mais inovador em alguns pontos, como na trilha sonora e nas cenas de ação.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME: 7,0

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

OBS.: Envie sua análise/crítica para bbarrenha@gmail.com e participe de nosso festival de análises.

Um comentário:

  1. Apesar de ser sua opinião a falta de ação, houve uma comparação desnecessária entre o western norte-americano e o western spaghetti. Cada um tem seu estilo e são gêneros completamente diferentes (apesar de se situarem no faroeste). Quero dizer que, comparar um ao outro é o mesmo que comparar um filme de drama com um filme de ação: não adianta esperar momentos do spaghetti em um filme americano como esse. Fora isso, ótimo!

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