30 de novembro de 2011

Crítica: O Preço de um Homem

THE NAKED SPUR

(O PREÇO DE UM HOMEM)

Direção: Anthony Mann

Roteiro: Sam Rolfe e Harold Jack Bloom

Produção: William H. Wright

Ano: 1953

Elenco: James Stewart, Janet Leigh, Robert Ryan…

Duração: 91 minutos

Um western que conta com um apurado roteiro, destemidas atuações e a sempre admirável parceria entre Anthony Mann e James Stewart.

Análise: The Naked Spur (intitulado no Brasil como O Preço de um Homem) é um faroeste clássico norte-americano, no qual se registra mais uma das famosas duplas no vasto interior do mundo western: Anthony Mann destaca-se na direção, enquanto James Stewart atua como o protagonista. Quando permaneceram unidos, estes dois grandes nomes do gênero já foram capazes de realizar cinco filmes somente durante a década de 50.

Howard Kemp (Stewart) é um caçador de recompensa e, como de praxe, está em busca de um assassino, tal qual tem por sua cabeça um prêmio de cinco mil dólares – seu nome é Ben Vandergroat (Robert Ryan). Durante seu caminho, Kemp encontra um velho garimpeiro, cujo nome é Jesse Tate (Millard Mitchell); perto de uma montanha, ele finge ser um xerife para convencer Tate a ajudá-lo por apenas vinte dólares.

No caminho da montanha onde está localizado o assassino, a dupla se depara com Roy Anderson (Ralph Meeker), um ex-soldado da Cavalaria Americana, que acaba se intrometendo no caso e ajuda Kemp e Tate a capturar Vandergroat, sendo que este se acompanha de Lina Patch (Janet Leigh), uma jovem órfã. O assassino procurado acaba colocando mais lenha na fogueira ao insinuar que Kemp não era um xerife; o falso delegado, então, que queria o dinheiro só para si, se vê obrigado a ter que compartilhar o dinheiro com Tate e Anderson.

Entretanto, já na estrada de volta para a cidade, Vandergroat tenta o seu melhor para colocar o trio um contra o outro, utilizando-se de vários truques: entre suas peripécias, falava que “seria melhor dividir a recompensa em dois” e até usava Lina Patch para atrair Kemp, o qual estava ligeiramente apaixonado pela garota.

A fascinante direção de Anthony Mann é cheia de detalhes, fazendo com que em uma única cena sem corte possamos ver excessivas características do local e da história, belas paisagens e bons efeitos reais, tais como pedras rolando de um penhasco ou um enorme tronco de árvore descendo rio abaixo. Além dela, o belo roteiro da dupla Rolfe-Jack Bloom concorreu ao Oscar naquela ocasião, porém o vencedor do ano foi o trio Brackett-Reisch-Breen, de Titanic (Jean Negulesco, 1953).

Assim, a estupenda história é o grande trunfo do filme, tendo muitas intrigas, reviravoltas e o peculiar romance americano; exemplo deste último é que Kemp acaba abandonando a recompensa para ir até a Califórnia com Lina Patch. Também há a adequada trilha sonora conduzida por Bronislau Kaper, ajudando a aumentar a tensão em algumas cenas.

Concluindo, O Preço de um Homem conta com um elenco bastante entrosado, o qual têm basicamente cinco atores – tirando os índios que aparecem em apenas umas pequenas partes. Dentre os intérpretes, podemos acompanhar ótimas atuações, sobretudo por parte de James Stewart. Além disto, o romance que envolve a atmosfera do filme é muito bem representado, apresentando um homem interessado apenas por dinheiro – caso de Kemp – estar também apaixonado a ponto de abandonar uma grande quantia dinheiro para mudar com o seu amor para a Califórnia.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

Um comentário:

  1. É um bom western com lindas paisagens e boas cenas de ação. Um dos grandes trunfos é que apenas participam cinco personagens.
    Vi este filme pela primeira vez nos anos 80 na televisão portuguesa, talvez quando eu tinha uns 7 anos e naquela altura gostei bastante. Ainda continuo a gostar mas prefiro os westerns italianos.
    O título em Portugal é ESPORAS DE AÇO.

    ResponderExcluir