18 de fevereiro de 2012

Crítica: Barbarosa

BARBAROSA

Direção: Fred Schepisi

Roteiro: William D. Wittliff

Produção: Paul Lazarus III

Ano: 1983

Elenco: Willie Nelson, Gary Busey, Isela Vega...

Duração: 90 minutos

Em plena década de fracassos no western, surge Barbarosa na tentativa de reerguer o antes muito respeitável gênero.

Análise: Barbarosa é um faroeste norte-americano lançado no ano de 1982 ao lado de outros filmes do mesmo patamar, com o objetivo de tentar reabilitar o gênero que vinha em uma série de fracassos a partir do épico e derradeiro O Portal do Paraíso (Michael Cimino, 1980). Porém, mesmo caindo no esquecimento, o filme do diretor Fred Schepisi acaba passando por um completo extremismo através de seus nomes: enquanto seu elenco apresenta alguns atores reconhecidos – como o ícone da musica country Willie Nelson e o ator nomeado ao Oscar em 1975, Gary Busey – a produção nem sequer relaciona alguém com determinada reputação cinematográfica.

Deveras diferente em relação aos clássicos westerns estadunidenses, Barbarosa se foca mais na relação entre o mestre e o aprendiz (como no italiano O Dia da Ira) e nas cenas de violência, ao invés do romance e das cenas de cunho heroico.

Barbarosa (Willie Nelson) mostra a vida de um temido pistoleiro que vaga por territórios mexicanos e acaba encontrando Karl Westove (Gary Busey), um jovem fazendeiro do Texas que está fugindo no meio do escaldante deserto depois de ter matado sem querer o seu irmão. Barbarosa, então com pena do pobre rapaz, ensina-o a encontrar água e a caçar tatu, mas o abandona na noite. Ao acordar, Karl tenta retomar sua vida normal, mas é visto pelos irmãos em um vilarejo; a pedido do pai com sede de vingança, tentam matá-lo e é salvo por Barbarosa. É a partir daí que o vinculo entre os dois fica cada vez mais forte, envolvendo em inúmeras aventuras e algumas discussões.

A direção, de Fred Schepisi, sabe aproveitar muito bem a paisagem e também planos presentes em westerns anteriores, inclusive alguns reconhecidos de Sergio Leone. Os planos detalhes também dão às caras e adentram profundamente ao filme, dando ares mais característicos ao trabalho de Schepisi. Outro dos elementos mais bem prestados pelo diretor é a forte relação entre o mentor e o principiante, mostrado no início como uma simples amizade entre Barbarosa e Karl, porém aumentando tal sentimento ao decorrer do filme.

Concluindo, Barbarosa é um bom filme, porém não tão grandioso se compararmos com os grandes clássicos do gênero. Apresenta uma interessante direção, uma cativante história e razoáveis atuações.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

2 comentários:

  1. Sou fã do gênero, mas não tive oportunidade de assistir este filme.

    A dupla Gary Busey/Willie Nelson é no mínimo estranha.

    Parabéns pelo blog, estou linkando o endereço no meu blog e sempre que puder passarei por aqui.

    Abraço

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    1. Não sou muito conhecedor do trabalho de Busey, portanto me abstenho a falar de sua parceria com Willie Nelson.

      Obrigado peço elogio! Volte sempre.

      Abraço.

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