14 de abril de 2012

Crítica: Jonah Hex – As Armas da Vingança

JONAH HEX – AS ARMAS DA VINGANÇA

Artistas: Jimmy Palmiotti, Justin Gray, Luke Ross, Rob Schwager, Tony DeZuñiga...

Sinopse: “Jonah Hex, o anti-herói mais incomum do oeste norte-americano, o caçador de recompensas que vaga das planícies empoeiradas do Texas às montanhas cobertas de neve em Utah, está sendo assombrado pelos fantasmas de seu passado, presente e futuro, com balas rasgando o vento quando Jonah enfrenta os mais esquisitos inimigos, como espíritos vingativos, crocodilos e aberrações circenses”.


Análise: Jonah Hex é personagem de uma “história em quadrinhos” criada originalmente pela dupla John Albano e Tony DeZuñiga e baseando-se nos tempos da Guerra Civil Americana, a qual também serve como cenário de muitas outras obras – principalmente cinematográficas – que retratam o velho-oeste estadunidense.

Enquanto o roteiro de As Armas da Vingança fica por conta das assinaturas de Jimmy Palmiotti e Justin Gray, sua distribuição é destinada para a DC Comics, uma das maiores distribuidoras de HQ do mundo e que mantém os direitos do próprio Jonah Hex, Batman, Lanterna Verde, Super-Homem, entre outros nomes dos quadrinhos.

Subdividida em seis estórias – Um Casamento e Cinquenta Funerais, Nunca Finja Que Não Viu, Espantando Assombrações, Isca de Crocodilo, A Árvore dos Enforcados e Neve Manchada de Sangue – que não se relacionam entre si, a HQ surge como um ponto-de-partida para aqueles que desejam ter um começo na arte dos quadrinhos e, principalmente, no conhecimento de Jonah Hex: ele é um antigo soldado Confederado, um pistoleiro solitário e destemido muito semelhante aos protagonistas dos westerns spaghettis ao levar consigo um passado sombrio e alguns poucos borrifos de compaixão. Ele possui a parte direita da face deformada, o que caracteriza Hex como único, inconfundível e mais medonho ainda.

Sendo cada aventura em uma parte diferente dos Estados Unidos, o anti-herói é capaz de atravessar o país através de territórios já conhecidos por nós, como as pequenas cidades no meio do deserto, ou então em raridades nunca vistas em filmes do gênero, como os pântanos. Adicionadas as inúmeras frases de efeito e a abrangente violência, os roteiristas e os esforçados desenhistas se saem como destaque de As Armas da Vingança, sempre registrando as riquezas de detalhes em conjunto com muitos tiros e sangue nas cenas de ação.

No ano de 2009, foi lançado um filme baseado nas histórias de Jonah Hex, contando com a participação de Josh Brolin e Megan Fox nos papeis principais. Apesar do grande investimento e da intensa utilização de efeitos especiais, o filme obteve um sucesso quase nulo e recebeu muitas críticas negativas, inclusive aqui no Analisado o Oeste (clique para ler).

NOTA:

ANÁLISE FEITA por THIERRY VASQUES.
IMAGENS E EDIÇÃO por BRUNO BARRENHA. 

Um comentário:

  1. Acabei de assistir a Jonah Hex, O Caçador de Recompensas, com o Brolin e a Fox.
    Um desperdicio total, não apenas dos bons atores, como de representação de uma época.

    Concebo como um descabimento se filmar HQ dentro deste gênero. No Oeste americano não havia lugar para tantas bestialidades, invenções e desqualificações do genero.

    É por essa razão, ou por sua direção não estar a contento, que O Caçador de Recompensas, do Jimmy Hayworth, caiu em desagrado.
    Possivelmente outro cineasta lhe impusesse uma face alternativa, dando feições mais cordiais e caracteristicas a um genero do qual pouco se pode fugir.

    Porém, a vista por Hayworth é muito fundamentada numa amplitude incomum dentro de um genero que nunca abdicou de uma qualificação geral, não cabendo ali as monstruosas ou inadequadas aparições e descabimentos tão abrangentes.

    Nunca ninguém verá o Oeste americano da forma que o Hayworth mostra, mesmo em se tratando de uma pelicula baseada numa HQ.
    jurandir_lima@bol.com.br

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