28 de abril de 2012

Crítica: O Homem do Oeste

MAN OF THE WEST

(O HOMEM DO OESTE)

Direção: Anthony Mann

Roteiro: Reginald Rose

Ano: 1958

Elenco: Gary Cooper, Julie London, Lee J. Cobb...

Duração: 100 minutos

Derradeiro trabalho de Anthonny Mann no interior das ambientações do velho-oeste também reflete em um retrato quase terminal do gênero.

Análise: O Homem do Oeste é um western norte-americano que data do ano de 1958, sendo o último dos oito trabalhos do consagrado realizador Anthony Mann na década de 50 – cinco deles contando com a presença do eterno parceiro, James Stewart. Apesar deste não ter a participação de Stewart, o destaque vai para o premiado e soberbo Gary Cooper, em um de seus últimos projetos da carreira. Assim, o filme se destaca com uma história um tanto incomum para o gênero, utilizando-se de pouquíssimos clichês.

Desenvolvendo-se em torno de Link Jones (Cooper), um vaqueiro que viaja a procura de uma professora para a sua cidade, porém é deixado para trás – juntamente com a cantora Billie Ellis (Julie London), e Sam Beasley (Arthur O’Connell) – por um trem que fugiu de um assalto frustrado. O trio, portanto, à procura de um lugar para passar a noite, encontra a fazenda em que Link foi criado. Lá, ele reencontra o seu tio e antigo parceiro de crimes: Dock Tobin (Lee J. Cobb), o qual obriga o sobrinho a voltar para a gangue que Link abandonou para se tornar uma pessoa melhor.

Depois da volta de Link, a história vai se focar justamente nas desavenças entre o revigorado Link Jones (protegido e tendo a confiança de Tobin) contra o resto da gangue, que desconfiam que ele vá fugir novamente.

Apesar da inúmera quantidade de acertos, o grande revés de O Homem do Oeste é as falhas das cenas de ações que, às vezes, ficam um tanto quanto esquisitas e difíceis de acreditar. Mesmo com isto, a grandiosidade do tiroteio final não se perde em nenhum momento. Anthony Mann nos entrega um belo trabalho em sua despedida do gênero, com uma favorável história, muitas vezes deixando o filme com um ar tenso e um tanto depressivo e, poucas vezes, cômico.

Diferente das atitudes dos outros filmes ambientados no velho-oeste, o vaqueiro protagonista interpretado por Gary Cooper é forçado a matar, apesar de não querer isto, já que ele não queria apodrecer como os criminosos. Normalmente, temos o contrário: eles querem vingança! Muito mais além, o incomum também está presente com Link sendo um homem casado, tranquilo ao não querer relembrar seu passado.

Lançado em época de mudanças nos westerns norte-americanos, na qual o gênero estava falecendo dentro de Hollywood, O Homem do Oeste se caracteriza por ser um dos últimos faroestes clássicos, começando a ter cenas de ações mais violentas responsáveis por inspirar os trabalhos do sucessor Sam Peckinpah, diretor que revolucionou o western e que já usou uma temática parecida em sua filmografia: a briga entre velhos companheiros.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

3 comentários:

  1. Este é um clássico que ainda preciso conferir.

    Abraço

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    1. Sem dúvida, todo e qualquer filme de Anthonny Mann é um clássico para conferir sempre que puder.

      Abraços.

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  2. Senhores,

    Atentar que existem 2 postagens com O Homem do Oeste. Esta com dois comentários e outra onde postei mais um que não consta deste.

    Seria aconselhável unificá-lo para melhores apreciações.
    Com atenção e respeito
    jurandir_lima@bol.com.br

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