17 de junho de 2011

Crítica do festival: O dia da Ira

DAY OF ANGER

(O DIA DA IRA)

Direção: Tonino Valerii

Roteiro: Ernesto Gastaldi, Tonino Valerii e Renzo Genta

Produção: Henryk Chrosicki e Alfonso Sansone

Ano: 1967

Elenco: Lee Van Cleef, Giuliano Gemma, Walter Rilla...

Duração: 95 minutos

Análise: Decidi fazer a análise do filme O Dia da Ira (1967), pois se trata de um filme que, se pormos uma lista dos 20 spaghetti westerns essenciais, com certeza estaria inserido. Vale aqui antes fazer uma reflexão sobre esse subgênero de filmes, um dos mais depreciados e esquecidos de todos, e meu favorito.

Diferenciando-se os spaghetti westerns dos westerns tradicionais americanos dá para se ter uma noção de como sejam. Em geral, nesses filmes é construído um cenário e um enredo onde a base do filme é a violência. Enquanto os estudios americanos estavam preocupados em fazer westerns voltados para a visão romântica do cowboy, suas aventuras e emoções, havia uma geração de diretores italianos que estavam reinventando o cenário do Velho Oeste no cinema, trazendo personagens sujos, maus, cruéis, impiedosos e nem um pouco carismáticos. Este filme então trata de uma temática muito comum nesse gênero: o pistoleiro profissional ensinando seu jovem aprendiz. Scott (Giuliano Gemma) é um desafortunado limpador de ruas na cidade de Clifton no Arizona. Quando Frank Talby (Lee Van Cleef) chega à cidade, os dois iniciam uma grande amizade e Talby acaba atirando em um dos valentões que zombavam de Scott. Após isso, Talby resolve ir embora, pois está perseguindo Wild Jack, um "ex-parceiro de negócios" que lhe deve 50 mil dólares e Scott resolve acompanhá-lo. Ele quer aprender a atirar e ser rápido no gatilho para se tornar um pistoleiro como Talby. Quando os dois capturam Wild Jack, ficam sabendo que ele foi traído por alguns moradores de Clifton, que agora estão com o dinheiro. Porém as coisas se complicam para os dois pistoleiros, e eles têm que abrir caminho a balas. Mas as coisas não saem como planejado.

O Dia da Ira contém um Lee Van Cleef talvez mais mau e sádico do que o seu personagem em O Bom, o Mau e o Feio. Não apenas hábil com as armas, este consegue ser inteligente e articulador ao ponto de conseguir botar uma cidade inteira de cabeça para baixo. Giuliano Gemma está, em talvez um dos papeis mais perfeitos para ele: a imagem de um garoto prodígio, franzino e que tem muitas aspirações combina com seu estilo de atuação. Fora isso, o expectador é levado a travar um combate psicológico durante o filme, que contém um final cheio de tensão e expectativa, vale a pena ver.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR YANN CAVALCANTE PURVIS, 18 ANOS, FORTALEZA.

OBS.: veja a primeira crítica do festival, por Natalia Barrenha. Clique AQUI!

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