Milão, 9 de abril de 1933.
Gian Maria Volonté, caso hoje estivesse vivo, estaria prestes a adicionar mais um algarismo em sua engajada (e premiada!) experiência no Planeta Terra.
Graduado em 1957 na cidade de Roma, pela Academia Nacional de Arte Dramática, Volonté iniciou sua jornada como ator por meio da televisão e do teatro, onde interpretava obras de Shaskespeare e Goldoni; somente depois de tais passagens é que se encontrou com o grande ecrã, para dar o pontapé inicial em sua carreira – uma das mais promissoras de seu país.
Porém, antes de participar do primeiro projeto cinematográfico, filiou-se ao Partido Comunista Italiano no estopim dos anos 60. E isto é fato: a presença política no espírito autoral de Gian Maria Volonté era claramente percebida em seus papéis mais marcantes, como na obra-prima vencedora do Oscar, Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita (Elio Petri, 1970). Além deste, outro filme de caráter político também foi destaque em sua lista, sendo de maior importância por levar Volonté a seu primeiro prêmio internacional: A Classe Operária Vai ao Paraíso (Petri, 1972).
As atuações de Volonté transmitiam uma sensação de pura realidade, percebendo-se claramente uma entrega ao papel – seja ele qual fosse.
E, como visto acima, além da parceria que rendeu bons frutos com o diretor Elio Petri, Gian Maria também experimentou ares improváveis para um homem da política: desta vez, o alvo foi o velho-oeste europeu, ao lado de um certo forasteiro romano, de nome Sergio Leone.
Junto a Leone, o ator que fez seu primeiro filme em 1961 (de nome Sotto Dieci Bandieri) também foi decisivo para a criação do western spaghetti, dando vida aos vilões dos dois primeiros trabalhos da Trilogia dos Dólares: Por um Punhado de Dólares (interpretando Ramón Rojo, em 1964) e Por uns Dólares a Mais (interpretando El Índio, em 1965).
Fora estas duas obras-primas em harmonia com Leone, Gian Maria Volonté também participou de Faccia a Faccia (Sergio Sollima, 1967) e Uma Bala Para o General (Damiano Damiani, 1966).
O ator morreu em 1994, na cidade grega de Florina.
Ótimo resgate biográfico sobre o grande Gian Maria Volonté! Resumiu bem Bruno e fiquei até surpreso ao saber de seu engajamento político. Como ator, sempre gostei de sua trágica face nos filmes, sobretudo no papel do El índio em "Por Uns Dólares A Mais".
ResponderExcluirDestes parceiros de Leone também admiro incondicionalmente Lee Van Cleef.
Abraço.
Valeu, Rodrigo.
ExcluirO Volonté é um dos atores pelo qual tenho mais predileção, justamente por saber expressar tudo de forma muito complexa. Até seus filmes de caráter político me deixam empolgado, visto que não tenho muita ligação com tal gênero!
Também sou grande admirador de Lee Van Cleef. Aliás, dos parceiros de Leone, é difícil deixar algum de lado!
Abraços.
É digno de ressaltar o ator Gian Maria Volonté, que foi um grande ator. no filme por uns dólares a mais, ele deu um show de interpretação, encabeçando o personagem El ídio, com suas gargalhadas histéricas e soberbas.
ResponderExcluirExato. A cena de sua risada enquanto se transforma em um "cartaz de procurado" é realmente fantástica!
ExcluirParceiro, acho q houve um equívoco, quem morreu em Florina foi o diretor citado ai por vc,(2012 e não 1973).
ResponderExcluirGian Maria Volonté morreu em 1994.
abçs...e parabéns pelo blog
Valeu pelo toque, companheiro. Consertarei.
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