16 de setembro de 2012

Crítica | Sangue em Sonora

THE APPALOOSA

(SANGUE EM SONORA)

Direção: Sidney J. Furie

Roteiro: James Bridges e Roland Kibbee

Elenco: Marlon Brando, Anjanette Comer, John Saxon...

Ano: 1966

Duração: 98 minutos

De clima morno, diretor canadense arranca boas atuações de sua dupla.

Análise: Sangue em Sonora (ou The Appaloosa, no original) é um filme concluído pelo realizador Sidney J. Furie, de berço no Canadá. Apesar dos nomes semelhantes, tal fita não possui qualquer relação com Appaloosa – Uma Cidade Sem Lei (Ed Harris, 2008), e ambos os títulos provém da raça de um cavalo, sendo de um semblante bastante importante no desenrolar do roteiro do longa de 66.

A trama, aproximando-se de seu ponto ideal, o faz assim que Matt Fletcher (Marlon Brando) volta para uma cidade na fronteira do México, no intuito de montar um rancho com sua família-amiga; contudo, seu belo e caro cavalo appaloosa é roubado por um temido bandido mexicano, Chuy Medina (John Saxon). Matt decide recuperá-lo, não apenas pelo sentimento de tê-lo de volta, em mãos, mas também para retribuir o carinho de seu pai adotivo – este que sempre tentou transformar o filho em uma pessoa melhor – ganhando dinheiro ou então construindo um rancho com o irmão caçula, Paco (Rafael Campos).

Pois aconteceu que, após se enfiar em muitos problemas na cidade de Cocatlán, Matt confronta-se com Chuy, já no final, em um duelo estratégico.

A dupla de atores, Brando e Saxon, que fazem os papéis principais de Matt e Chuy, respectivamente, é um ponto fortíssimo e de muita influência no filme. O primeiro deles, o eterno Padrinho, passa por uma transformação logo na primeira metade da projeção: no início, seu personagem está sujo como um porco e de barba grande, mas, sem demoras, reverte o quadro irregular. No caso de Saxon, seu vilão está muito bem construído como um típico malvado mexicano, tendo sido até indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante.

Como a principal peça que encabeça os créditos, está Sidney J. Furie: o diretor faz um filme regular, com algumas referências religiosas que se manifestam por meio da enganação (a mulher de Chuy, por exemplo, que, dentro da própria igreja, tenta iludir Matt); sem contar, também, com o poderoso machismo da época, descarregado nas lentes pelas formas de como as mulheres eram tratadas, sem direito algum à liberdade.

MINHA NOTA:

POR THIERRY VASQUES.

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