CENTOMILA DOLLARI PER RINGO
(CEM MIL DÓLARES PARA RINGO)
Direção: Alberto De Martino
Roteiro: Alfonso
Balcázar, Alberto De Martino, Vincenzo Flamini e Giovanni Simonelli
Elenco: Richard Harrison, Gérard Tichy, Fernando Sancho...
Ano: 1965
Duração: 110 minutos
Dos mais diversos
clichês a uma trilha sonora significante.
Análise: Cem Mil Dólares para Ringo é um filme italiano do
diretor de mesma nacionalidade, Alberto De Martino. Além dele e da orquestra do
maestro Bruno Nicolai, aprendiz de Morricone, também há a cantoria do “Elvis Presley italiano”,
Bobby Solo, na ótima música-tema, Ringo Comes to Fight.
Com um protagonista que preza por sua reputação de
ser o gatilho mais rápido do Oeste, a trivial rivalidade entre homens brancos e
índios, mexicanos e americanos, a busca por dinheiro e uma épica batalha no
final, o filme não deixa de aumentar a lista daqueles faroestes que de pouco
acrescentam ao gênero, com clichês da cabeça aos pés.
Em seus dez primeiros minutos, surge uma breve
introdução de tudo o que vai se seguir no desenrolar da projeção, mostrando
alguns anos anteriores daqueles que vão pelo resto da história.
Em um ataque de apaches, a esposa de Ward
Cluster é atacada e tenta proteger seu pequeno filho, Sean (Loris Loddi). Porém,
Tom Sherry (Gérard Tichy) intervém, matando todos os envolvidos no conflito; após
isso, volta para a cidade com motivos suficientes para atacar a vila indígena.
Alguns anos se passaram até que Lee Barton (Richard Harrison) vai para Rainbow
Valley, onde é confundido com Cluster, que, supostamente, havia morrido na
Guerra Civil. Na cidade, acaba virando inimigo de Sherry, duelando com o tal
depois de uma longa batalha entre os peles-vermelhas e os caras-pálidas.
Costurando algumas “tramas inferiores” no roteiro, o
quarteto responsável por sua escrita não as justifica de maneira aceitável,
fazendo com que fiquem voando e sem sentido, não tendo nada a adicionar para a
narrativa; um exemplo disso é a rivalidade amorosa entre Ive e Sherry (ambos
disputam a bela Deborah [Eleonora Bianchi]).
Para terminar, os aspectos técnicos da película não
conseguem um bom resultado. A fraca direção de De Martino mostra-se
completamente perdida nas cenas de ações – já por natureza, confusas. O
razoável guião contém informações desnecessárias, que poderiam ser retiradas
sem afetar a história. Nos pontos fortes, entram as medianas atuações dos
atores e a bela trilha sonora, que ajuda a criar um clima para a fita.
MINHA NOTA:
POR THIERRY VASQUES.
Nenhum comentário:
Postar um comentário