6 de outubro de 2012

Crítica | Cem Mil Dólares para Ringo


CENTOMILA DOLLARI PER RINGO
(CEM MIL DÓLARES PARA RINGO)
                                    
Direção: Alberto De Martino     
Roteiro: Alfonso Balcázar, Alberto De Martino, Vincenzo Flamini e Giovanni Simonelli
Elenco: Richard Harrison, Gérard Tichy, Fernando Sancho...
Ano: 1965
Duração: 110 minutos

Dos mais diversos clichês a uma trilha sonora significante.

Análise: Cem Mil Dólares para Ringo é um filme italiano do diretor de mesma nacionalidade, Alberto De Martino. Além dele e da orquestra do maestro Bruno Nicolai, aprendiz de Morricone, também há a cantoria do “Elvis Presley italiano”, Bobby Solo, na ótima música-tema, Ringo Comes to Fight

Com um protagonista que preza por sua reputação de ser o gatilho mais rápido do Oeste, a trivial rivalidade entre homens brancos e índios, mexicanos e americanos, a busca por dinheiro e uma épica batalha no final, o filme não deixa de aumentar a lista daqueles faroestes que de pouco acrescentam ao gênero, com clichês da cabeça aos pés. 


Em seus dez primeiros minutos, surge uma breve introdução de tudo o que vai se seguir no desenrolar da projeção, mostrando alguns anos anteriores daqueles que vão pelo resto da história. 

Em um ataque de apaches, a esposa de Ward Cluster é atacada e tenta proteger seu pequeno filho, Sean (Loris Loddi). Porém, Tom Sherry (Gérard Tichy) intervém, matando todos os envolvidos no conflito; após isso, volta para a cidade com motivos suficientes para atacar a vila indígena. Alguns anos se passaram até que Lee Barton (Richard Harrison) vai para Rainbow Valley, onde é confundido com Cluster, que, supostamente, havia morrido na Guerra Civil. Na cidade, acaba virando inimigo de Sherry, duelando com o tal depois de uma longa batalha entre os peles-vermelhas e os caras-pálidas. 


Costurando algumas “tramas inferiores” no roteiro, o quarteto responsável por sua escrita não as justifica de maneira aceitável, fazendo com que fiquem voando e sem sentido, não tendo nada a adicionar para a narrativa; um exemplo disso é a rivalidade amorosa entre Ive e Sherry (ambos disputam a bela Deborah [Eleonora Bianchi]).

Para terminar, os aspectos técnicos da película não conseguem um bom resultado. A fraca direção de De Martino mostra-se completamente perdida nas cenas de ações – já por natureza, confusas. O razoável guião contém informações desnecessárias, que poderiam ser retiradas sem afetar a história. Nos pontos fortes, entram as medianas atuações dos atores e a bela trilha sonora, que ajuda a criar um clima para a fita. 

MINHA NOTA: 
POR THIERRY VASQUES. 

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