24 de novembro de 2011

Crítica: Yankee

Yankee

Direção: Tinto Brass

Roteiro: Alberto Silvestri, Gian Carlo Fusco e Tinto Brass

Produção: Antonio Lucatelli e Francesco Giorgi

Ano: 1966

Elenco: Philippe Leroy, Adolfo Celi, Mirella Martin…

Duração: 92 minutos

Uma diferente visão de filme apresentada por Tinto Brass, contando com alguns grotescos erros, cometidos principalmente devido ao baixo orçamento.

Análise: Yankee, western spaghetti do ano de 1966, é o único filme do gênero europeu dirigido por Tinto Brass, realizador famoso por sua carreira em filmes eróticos. Sendo um trabalho desempenhado ainda no princípio do eurowestern, a visão um tanto quanto inovadora por parte do diretor é bastante diferente dos faroestes mais clássicos da época.

O personagem que dá nome ao filme é Yankee (Philippe Leroy), um pistoleiro de origem norte-americana e com estereótipo de arrumadinho; ele chega a uma cidade e percebe que nesta há uma gangue com vários integrantes procurados pela Lei. O líder da gangue é o Grande Concho (Adolfo Celi), o qual é o senhor de toda aquela região. Cruel, ele pune qualquer um que cruze o seu caminho!

Assim sendo, a gangue vai atrás de um carregamento de ouro e Yankee – deveras interessado – percorre seu caminho para a captura não só da gangue, mas também do ouro. O final de Yankee é, portanto, marcado pela intensa existência de tiros, traição e logicamente, de ouro.

Com a direção de Tinto Brass desvairada e própria para o filme, somos diretamente acomodados diante de vários planos contra o sol, muitos close-ups e tomadas com ótimos detalhes. Entretanto, há alguns erros grotescos, como as sequências em que as cenas possuem iluminação diferente, sendo que algumas cenas são feitas pela noite e outra parte da mesma cena, feitas de dia.

Tendo em seu interior atuações razoáveis de um elenco desconhecido e nem tão adequado, Philippe Leroy e Adolfo Celi se tornam as referências entre os papéis. Além disso, conta com uma ótima trilha sonora de Puccio Roelens, que nas melhores partes relembra os trabalhos do maestro italiano Ennio Morricone.

Talvez Tinto Brass tenha sido influenciado – mesmo que de maneira supérflua – nas duas primeiras obras da Trilogia dos Dólares: Por um Punhado de Dólares (Sergio Leone, 1964) e Por uns Dólares a Mais (Leone, 1965). Mesmo contando com pouquíssimos recursos para a época, Yankee não deixa de ser um projeto muito bem filmado.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.


2 comentários:

  1. Na verdade este filme é interessante sobretudo por essa componente visual, de resto não me diz muito. O DVD da Koch Media tem uma imagem espectacular, recomendo.

    ResponderExcluir
  2. O autor da trilha sonora é nini rosso,pelo menos nos créditos consta esse nome.

    ResponderExcluir