19 de fevereiro de 2011

Duelo na cidade fantasma

Duelo na cidade fantasma

(The Law and Jake Wade)

Direção: John Sturges

Roteiro: William Bowers

Produção: William Hawks

Elenco: Robert Taylor, Richard Widmark, Patricia Owens…

Ano: 1958

Duração: 86 minutos

Antes de revolucionar o western norte-americano com “Sete Homens e um Destino”, John Sturges se pregava aos clichês do gênero.

Análise: Uma abertura um tanto quanto clichê para o gênero, já que são apresentados na tela os nomes de toda a produção e, ao fundo, uma leve cavalgada em diferentes e desertos lugares. Além também de uma música muito característica dos westerns americanos. Dando continuidade a esta abertura, o homem que cavalgava pelos lugares desertos finalmente chega a uma cidade, a qual parecia ser totalmente desabitada; seu nome é Jake e então entra armado em uma prisão, onde salva seu “amigo”. Até o momento, percebemos os clichês do western americano, porém o filme de Sturges não se prende totalmente a eles. Possui uma história envolvente e os personagens se encaixam bem no papel que representam; suas conversas sempre soam como ironia, o que já era presente em muitos filmes de faroeste.

Os lugares de gravação são excepcionais para causar a boa fotografia de Robert Surtees (principalmente neste gênero, que necessita do recurso). Entretanto, na maioria das vezes em que os locais são utilizados, vemos caminhadas à cavalo, somente isto. Aliás, o filme perde um pouco de brilho diante das cavalgadas: o diretor Sturges ocupou muito tempo da película com imagens de Jake (Robert Taylor) e Clint (Richard Widmark) com seus cavalos, durante fugas, principalmente nos minutos iniciais, após a fuga da prisão. Quando pensamos que a caminhada acaba, o diretor transfere a imagem de um local para outro, com os atores ainda cavalgando. Graças a isso, o filme que já tem uma pequena duração (86 minutos), acaba tendo que acelerar os fatos e acontecimentos. No vídeo abaixo, você pode ver o começo “clichento” e até mesmo se cansar das cavalgadas:

Podemos, além de tudo, fazer uma breve relação com a história de Pat Garrett & Billy the Kid. Enquanto o primeiro se tornava xerife, o segundo continuava farreando por aí. O mesmo pode ser percebido com este filme, em que Jake se torna um agente da lei e Clint apenas um fanfarrão.

Já trilha sonora de Fred Steiner abre mais espaço para os clichês. Caso assista a algum outro filme norte-americano de faroeste (especialmente entre as décadas de 50), pode-se perceber que as músicas não são muito diferentes e utilizam-se dos mesmos instrumentos.

Apesar de muitos clichês, é uma boa película e ainda é capaz de atrair a atenção do espectador. Já de acordo com a direção, vemos que John Sturges peca em algumas partes, principalmente nas cansativas caminhadas à cavalo.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME: 7,5.

ANÁLISE FEITA POR BRUNO BARRENHA.

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