16 de agosto de 2012

Crítica | Sete Dólares para Matar

7 DOLLARI SUL ROSSO

(SETE DÓLARES PARA MATAR)

Direção: Alberto Cardone

Roteiro: Arnaldo Francolini, Juan Cobos e Melchiade Coletti

Elenco: Anthony Steffen, Elisa Montés, Fernando Sancho...

Ano: 1966

Duração: 94 minutos

Ítalo-brasileiro é a estrela deste faroeste de erros, porém que vale a pena pela batalha entre pai e filho.

Análise: Sete Dólares para Matar é mais um destes moribundos bang-bangs à italiana, dirigido por Alberto Cardone e com Anthony Steffen (ou Antonio Luiz de Teffè) comandando toda a trupe do elenco, no qual ainda consta o hábil e sempre carismático Fernando Sancho, tipicamente como o é em seus outros papéis no gênero. Também é desenvolvida uma ótima trilha sonora, de Francesco de Masi, tanto que algumas de suas faixas foram “roubadas” para fazer parte do jogo Red Dead Revolver.

Durante a ausência de John Ashley (Anthony Steffen), um bando de pistoleiros liderados por Jack Wilson (Fernando Sancho) invade seu rancho, matam a sua esposa e sequestram o seu pequeno filho, Jerry (quando pequeno interpretado por David Mancori), com cerca de cinco anos e desde então criado por Jack. Quando John volta para casa, decide ir atrás de vingança e recuperar o descendente capturado.

Entretanto, cerca de 20 anos se passaram e Jerry (agora por Roberto Miali) já é um grande homem e um frio pistoleiro, crendo que Jack é seu verdadeiro pai; e é assim que o grande clímax está por vir, quando John finalmente encontra Jack, e este tem seu triste fim. Porém, não termina por aí: Jerry quer vingança de seu verdadeiro pai e o resultado é o confronto entre eles em um ambiente chuvoso e, além de tudo, carregado de uma tensão impressionante.

John Ashley se mostra um homem muito determinado, pois decide dedicar sua vida para conseguir achar o filho perdido. Seu erro, contudo, é que a vingança o deixa cego, fazendo-o cometer loucuras em busca de informações, a ponto de matar um trabalhador achando que é um bandido. Já Jerry era uma criança chorona, porém demonstra – através de sua ação, atirando com os dedos enquanto Jack devasta o rancho do pai, até sendo atingido psicologicamente por tal episódio – o que futuramente viria a ser: um assassino sem dó. E uma das cenas marcantes vem a ser, portanto, aquela na qual Ashley não acha o filho em casa, com um plano do cavalinho-de-madeira vazio.

Mesmo não tão acentuado em seus primeiros atos, o fim não deixa a desejar: é a melhor parte, passando de uma forma um tanto quanto rápida e possuindo dois duelos corpo-a-corpo. O primeiro é entre Jack e John, lutando em um celeiro, cada qual com um gancho. Já o segundo é entre Jack e Jerry, pai e filho em uma batalha mortal e tocante, com um sabendo da verdade e o outro não.

A conclusão que se pode tirar é a de que Sete Dólares para Matar têm vários fatores ruins, várias sequências com erros de continuação, personagens fora de enquadramento, uma mise-en-scène miserável, problemas no desenvolvimento do roteiro e também exacerbadas cenas de cavalgadas pelo deserto, que apenas servem para aumentar a duração da projeção. De qualquer maneira, vale a experiência em assisti-lo.

MINHA NOTA:

POR THIERRY VASQUES.

Um comentário:

  1. Quando exibido nos Cinemas brasileiros,chamou-se:"7 DÓLARES ENSANGUENTADOS".Na extinta TV Tupi(em Minas TV Itacolomi),foi exibido com o nome de "7 Dólares de Sangue",o mesmo título de sua reexibição nos Cinemas,tempos depois. Em minha opinião foi o melhor filme de Anthony Steffen.

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