31 de outubro de 2012

Crítica | O Laço do Carrasco

HANGMAN’S KNOT
(O LAÇO DO CARRASCO)
                                    
Direção: Roy Huggins
Roteiro: Roy Huggins
Elenco: Randolph Scott, Donna Reed, Claude Jarman Jr...
Ano: 1952
Duração: 81 minutos

Roy Huggins mostra um bom serviço em seu único trabalho como diretor.

Análise: O Laço do Carrasco é um western norte-americano dirigido por Roy Huggins, o único filme no qual serviu à cadeira de diretor. Inclusive, ele é mais conhecido por ser escritor e também produtor e criador de séries para a televisão. Essa película conta com um elenco de peso, sendo o famoso Randolph Scott o grande destaque.


Um grupo de Confederados liderado pelo Major Matt Stewart (Scott) monta uma emboscada a uma diligência carregada, de outra União. Ao cumprirem tal missão, descobrem da boca de um soldado inimigo que a Guerra Civil Americana já havia acabado. É então que o grupo de Matt decide ficar com o ouro para eles conseguirem manter uma vida estável após a guerra. Porém, eles são atacados por bandidos liderados por Quincey (Ray Teal), que encurralam Stewart, seus homens e mais quatro reféns em um posto. Para resolver a situação, Stewart não irá apenas confrontar os bandidos, mas também uma disputa interna com Rolph Bainter (Lee Marvin). 



O filme explora muito bem os seus personagens, inclusive traçando características psicológicas - em seu começo, por exemplo, em que podemos perceber diferenças nos três principais nomes do grupo de confederados, o líder Matt Stewart, que mostra ser um homem digno e um tanto gentil; Rolph Bainter, um homem ganancioso e covarde, muitas vezes ignorando o seu chefe e matando pessoas por impulso; e também Jamie Groves (Claude Jarman Jr.), um jovem que entrou para o grupo após a sua família ser morta pela guerra, não é ambicioso e tenta evitar mortes. E também dos reféns, Margaret Harris (Jeanette Nolan) é uma mulher traumatizada por ter perdido o seu marido e o seu filho durante a guerra; ela é contra a presença dos sulistas em sua casa, que é o posto da diligência; Molly Hull (Donna Reed) é uma enfermeira do Exército da União, que acaba cuidando de um soldado Confederado ferido como se fosse qualquer outra pessoa precisando de ajuda, sendo que no final ela acaba se apaixonando por Stewart; e Lee Kemper (Richard Denning) mostra não ser um homem que cumpra palavras, além de ganancioso e não se importando com os outros. 

Já o fim de projeção passa a mensagem de que os justos sempre sobrevivem: apenas Stewart, Jamie, Margaret, Molly e Plunkett (velho que cuida do posto de diligência e é interpretado por Clem Bevans) conseguem continuar vivos após o confronto entre os Confederados e o grupo de bandidos. Os sobreviventes deixam o ouro conquistado de uma forma injusta para trás e sem comprometer a reconstruir o local. 

Em seu único trabalho como diretor, Roy Huggins faz uma direção segura, criando uma história envolvente e com muitos personagens marcantes, aproveitando da bela paisagem rochosa e desértica do local. 

MINHA NOTA: 
 POR THIERRY VASQUES. 

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