VERA CRUZ
Direção: Robert
Aldrich
Roteiro: Roland
Kibbee e James R. Webb
Elenco: Gary
Cooper, Burt Lancaster e Cesar Romero...
Ano: 1954
Duração: 94 minutos
Polêmico em seu conteúdo, clássico
mostra as revoltas contra o Império Mexicano e também a desigualdade entre os
povos da região.
Análise: Vera Cruz é um filme americano de 1954, dirigido por Robert
Aldrich e baseado numa história de Borden Chase. A película possui grandes
estrelas dos westerns norte-americanos
e influenciou muitos filmes do gênero, que ainda viriam a dar as caras num
futuro próximo, como Sete
Homens e um Destino (John Sturges),
Três
Homens em Conflito (Sergio Leone) e
Meu
Ódio Será tua Herança (Sam Peckinpah).
Após
o término da Guerra Civil Americana, outra batalha teve início, na qual o povo mexicano
lutava contra o imperador estrangeiro, Maximiliano (George Macready). Muitos estadunidenses,
assim, atuavam como mercenários entre as tropas francesas; um deles é Ben Trane
(Gary Cooper), que vai para o México recuperar suas terras que foram perdidas
na guerra anterior.
Por
lá, encontra-se com o famoso pistoleiro Joe Erin (Burt Lancaster), formando uma
aliança não só com ele, mas também com Maximiliano, na missão de escoltar a
condessa Marie Duvarre (Denise Darcel) até o porto de Vera Cruz. No caminho, notam
que a diligência está deveras protegida, então desconfiando da presença de algo
valoroso e, portanto, iniciando uma luta de ganância em que as amizades pouco
importam.
Nesse
ato de interesses particulares, a violência é um dos feitos marcantes ao trazer
as diferenças entre as várias etnias retratadas. É até considerado à frente de
seu tempo, pois adere a muitas cenas “chocantes” (para a época, é claro); dentre
as mais destacáveis, está quando Erin faz crianças de reféns para escapar dos
rebeldes mexicanos. Já para a diversidade entre os povos, Aldrich assemelha
personalidades e vestimentas para ir de encontro com estereótipos bem
reconhecíveis, quase desvalorizados: seus franceses são sempre arrumadinhos e
de bons modos, com certa aversão contra os americanos, os quais usam apenas
roupas de cowboy e são gananciosos e
desleixados; e os mexicanos são retratados com roupas simples, sem ligar para o
dinheiro, só estão na guerra pelo objetivo de se tornarem independentes.
Acerca
disso, o diretor faz um trabalho razoável, conduzindo unicamente as cenas,
principalmente as de ações, mas pecando um pouco nos efeitos de tiros e
facadas. Seu elenco era composto pela maioria dos astros do faroeste: Gary
Cooper, Burt Lancaster e Ernest Borgnine, todos em boa forma.
Na
parte final, uma ênfase é necessária: após um tentar enganar ao outro, Ben e
Joe partem para um duelo, onde se evidencia todas as suas diferenças; começando
pelas roupas, nas quais o bondoso Ben Trane usa tons claros e o malvado Joe Erin,
tons negros. Mais específico ainda, Trane quer o dinheiro para dar aos
mexicanos, já que ficara sensibilizado pela causa dos mesmos e também por ter
se apaixonado por uma mexicana, porém, Erin traiu a todos pensando em si
próprio.
MINHA NOTA:
POR THIERRY
VASQUES.
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