20 de outubro de 2012

Crítica | Vera Cruz

 VERA CRUZ

Direção: Robert Aldrich
Roteiro: Roland Kibbee e James R. Webb
Elenco: Gary Cooper, Burt Lancaster e Cesar Romero...
Ano: 1954
Duração: 94 minutos

Polêmico em seu conteúdo, clássico mostra as revoltas contra o Império Mexicano e também a desigualdade entre os povos da região. 

Análise: Vera Cruz é um filme americano de 1954, dirigido por Robert Aldrich e baseado numa história de Borden Chase. A película possui grandes estrelas dos westerns norte-americanos e influenciou muitos filmes do gênero, que ainda viriam a dar as caras num futuro próximo, como Sete Homens e um Destino (John Sturges), Três Homens em Conflito (Sergio Leone) e Meu Ódio Será tua Herança (Sam Peckinpah)

Após o término da Guerra Civil Americana, outra batalha teve início, na qual o povo mexicano lutava contra o imperador estrangeiro, Maximiliano (George Macready). Muitos estadunidenses, assim, atuavam como mercenários entre as tropas francesas; um deles é Ben Trane (Gary Cooper), que vai para o México recuperar suas terras que foram perdidas na guerra anterior. 

Por lá, encontra-se com o famoso pistoleiro Joe Erin (Burt Lancaster), formando uma aliança não só com ele, mas também com Maximiliano, na missão de escoltar a condessa Marie Duvarre (Denise Darcel) até o porto de Vera Cruz. No caminho, notam que a diligência está deveras protegida, então desconfiando da presença de algo valoroso e, portanto, iniciando uma luta de ganância em que as amizades pouco importam. 

Nesse ato de interesses particulares, a violência é um dos feitos marcantes ao trazer as diferenças entre as várias etnias retratadas. É até considerado à frente de seu tempo, pois adere a muitas cenas “chocantes” (para a época, é claro); dentre as mais destacáveis, está quando Erin faz crianças de reféns para escapar dos rebeldes mexicanos. Já para a diversidade entre os povos, Aldrich assemelha personalidades e vestimentas para ir de encontro com estereótipos bem reconhecíveis, quase desvalorizados: seus franceses são sempre arrumadinhos e de bons modos, com certa aversão contra os americanos, os quais usam apenas roupas de cowboy e são gananciosos e desleixados; e os mexicanos são retratados com roupas simples, sem ligar para o dinheiro, só estão na guerra pelo objetivo de se tornarem independentes. 

Acerca disso, o diretor faz um trabalho razoável, conduzindo unicamente as cenas, principalmente as de ações, mas pecando um pouco nos efeitos de tiros e facadas. Seu elenco era composto pela maioria dos astros do faroeste: Gary Cooper, Burt Lancaster e Ernest Borgnine, todos em boa forma.
  
Na parte final, uma ênfase é necessária: após um tentar enganar ao outro, Ben e Joe partem para um duelo, onde se evidencia todas as suas diferenças; começando pelas roupas, nas quais o bondoso Ben Trane usa tons claros e o malvado Joe Erin, tons negros. Mais específico ainda, Trane quer o dinheiro para dar aos mexicanos, já que ficara sensibilizado pela causa dos mesmos e também por ter se apaixonado por uma mexicana, porém, Erin traiu a todos pensando em si próprio. 

MINHA NOTA: 

POR THIERRY VASQUES. 

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