A MORTE COMANDA O CANGAÇO
Direção: Carlos
Coimbra e Walter Guimarães Motta
Roteiro: Carlos Coimbra, Francisco Pereira e Walter Guimarães Motta
Roteiro: Carlos Coimbra, Francisco Pereira e Walter Guimarães Motta
Elenco: Alberto
Ruschel, Aurora Duarte, Milton Ribeiro...
Ano: 1961
Duração: 100 minutos
Ao nível de um western na categoria B,
a dupla de diretores realiza um dos clássicos do cangaço.
Análise: A Morte Comanda o
Cangaço é um filme brasileiro que se situa em
1929, época na qual o nordeste de nosso país era dominado pelos típicos cangaceiros.
A história de vingança é protagonizada por Alberto Ruschel e Milton Ribeiro –
ambos participantes do maior filme do gênero, O
Cangaceiro (Lima Barreto, 1953).
A película foi indicada pelo Brasil para o Oscar na categoria de “Melhor Filme Estrangeiro”,
porém não foi escolhida para a fase final da premiação.
Raimundo
Vieira (Ruschel) é um pequeno fazendeiro que tem sua casa queimada e sua mãe
morta por um grupo de cangaceiros, liderados pelo Capitão Silvério (Milton
Ribeiro), após o prejudicado ter se negado a pagar por “proteção”. Raimundo, no
entanto, consegue sair vivo do ataque e deseja pôr fim à violência que os arruaceiros
impõem no nordeste, e então monta o seu próprio bando, só de homens cansados da
exploração pelos cangaceiros.
A
vingança se inicia com a morte do Coronel Nesinho (Gilberto Marques), protetor
e padrinho de Silvério, o qual, imediatamente, cavalga para retribuir a
selvageria daquele que já sofrera do mesmo sentimento. Raimundo e Silvério,
assim sendo, vão atrás de suas respectivas vendetas, um contra o outro; ao fim,
encontram-se para fazer um duelo de facões, onde quem define o perdedor é uma
mulher: Florinda (Aurora Duarte).
Só
pela sinopse acima, percebe-se a importância das mulheres na película.
Florinda, ex-mulher de Silvério, é capturada pelo bando de Raimundo e fica
feliz por estar livre dos cangaceiros, acaba se casando com Raimundo e, ao
final, escreve um papel influente para a definição do duelo entre os dois “maridos”.
Maria dos Anjos (Ruth de Souza) é a atual “namorada” de Silvério, tendo se
conhecidos em uma festa dos cangaceiros. Em busca do assassino de seu padrinho,
Silvério e seu bando são emboscados por policiais, mas salvos justamente por
Maria, que termina por levar um tiro; Silvério, tentando provar ser o cabra-macho
que se mostra, nem sequer liga.
O
ambiente seco, característico do nordeste brasileiro, é bem explorado pela
fotografia de Tony Rabatoni, que não evita em mostrar os problemas de algumas
pessoas com a terra; um dos monólogos finais, narrado em off, demonstra isso por si só: “em
uma luta desigual entre o homem e a
natureza”. Ao fundo, em imagens, o bando de Raimundo atravessa uma seca
caatinga (repleta de ossos de animais) e sofrem com o fim dos alimentos, porém
a sorte está ao lado deles, possibilitando-os a presença de uma vaca pelo
caminho.
Em
uma substituição de cangaceiros pelos (antes) comuns caubóis, a película é uma
forte construção de Carlos Coimbra e Walter Guimarães Motta, tanto na direção
quanto no guião, que não deixar passar qualquer detalhe que a paisagem
nordestina tem para dar. Estamos diante de um verdadeiro western B do cinema nacional – ou deveria dizer nordestern?
MINHA NOTA:
POR THIERRY VASQUES.
Conforme já citei, este foi um filme visto na minha adolescencia.
ResponderExcluirPor falta atual de sua divulgação, tentei adquiri-lo junto a um vendedor lá do Sul do País, e que me enviou uma copia completamente sem qualquer qualidade de visibilidade.
Desta forma não posso comentar a respeito, já que o assisti de seu lançamento e hoje, 52 anos depois, não tenho nada memorizado com nitidez para descrever.
Só lamento, conforme já coloquei, o desinteresse que existe deste povo, daqueles que tem a possibilidade de redivulgar estas fitas e não o fazem, possivelmente por desconhecer seu valor como qualidade cinematografica ou mesmo como historia.
jurandir_lima@bol.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=kgOy_-TKfYU
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=kgOy_-TKfYU
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