12 de novembro de 2011

Crítica: Tempo de Massacre

MASSACRE TIME

(TEMPO DE MASSACRE)

Direção: Lucio Fulci

Roteiro: Fernando Di Leo

Produção: Oreste Coltellaci

Ano: 1966

Elenco: Franco Nero, George Hilton, Lynn Shayny…

Duração: 90 minutos

Franco Nero, com figurino idêntico ao de Clint Eastwood, faz mais uma boa atuação em um western que se destaca na soberba trilha sonora.

Análise: Tempo de Massacre, é um western spaghetti do ano de 1966, dirigido por Lucio Fulci, realizador conhecido principalmente por seus trabalhos em filmes de terror. O ator Franco Nero é o grande destaque do elenco não tão conhecido, o qual ainda conta com as participações do uruguaio George Hilton e o italiano Nino Castelnuovo.

O personagem de Nero é, simplesmente, um mero trabalhador nomeado Tom Cobert e responsável pela extração do ouro; em um dia comum, ele recebe um singelo bilhete de seu amigo, Carradine, para que volte à sua terra natal. Ao realizar tal desejo do companheiro, porém, Tom percebe que o local está tomado pela família Scott, culpada por controlar totalmente a pequena cidade. O violento domínio dos Scott acontece principalmente por causa da insanidade de Jason Scott (Nino Castelnuovo), filho do poderoso Sr. Scott (Giuseppe Addobbati) e que, de grão em grão, começava a suceder o pai.

Logo sabendo que seu amigo havia morrido, Tom se revolta e, com a ajuda de seu irmão Slim Cobert (George Hilton), ele tenta lutar e se vingar contra Scott e seu bando de pistoleiros.

Os irmãos Cobert, então depois de muitos conflitos, conseguem invadir o Rancho Scott, onde uma incrível batalha se sucede, com muitas quedas, tiroteios e tudo que o faroeste tem de melhor. No final de tudo, Tom acaba por descobrir um incrível segredo sobre o Sr. Scott e ainda trava uma ótima luta com Jason Scott, o herdeiro da família.

Em relação aos detalhes técnicos, o principal elemento de Tempo de Massacre é a excelente trilha sonora, a qual nos presenteia com uma bela música-tema na voz afinada de Sergio Endrigo, também compositor da canção A Holy Man. Lucio Fulci faz um bom faroeste, com uns poucos tons de suspense, principalmente ao colocar em prova o segredo do Sr. Scott, depois descoberto por Tom Corbett.

Com base no elenco, como já era de se esperar, os maiores destaques são para Franco Nero e George Hilton; entretanto, o chinês Tchang Yu acaba por desviar alguns olhares e roubar um pouco da atenção do público espectador, ao interpretar um velho e carismático coveiro oriundo da China. Seu personagem mantém bastante importância por sempre estar ajudando o protagonista Tom Corbet.

Chegando ao fim, vemos em Franco Nero uma transcrição de Clint Eastwood: a roupa do eterno Django – criado por Corbucci – é inteiramente semelhante a utilizada por baixo do poncho do inalterável Homem Sem-Nome – de Sergio Leone. Para se ter noção da semelhança, o figurino aqui é composto por um chapéu e uma camisa sobreposta por um colete; a única e mera diferença entre suas roupas é que o personagem de Nero não usa o famoso poncho e a cor de seu chapéu é preto, ao invés de marrom, como era o de Eastwood.

Concluindo: o filme em si é um tanto quanto violento, e justamente por isto ele foi lançado em duas versões. Dentre as cenas mais violentas estão a que Jason Scott dá chicotadas em Tom Corbett. Outro fato muito interessante são as inúmeras quedas muito bem protagonizadas pelos dublês durante mais este ótimo western spaghetti.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

2 comentários:

  1. Bom filme na minha opinião. A dupla Nero+Hilton funciona ás mil maravilhas e o vilão encarnado por Nino Castelnuovo é fantástico. A cena mais notável do filme será mesmo essa que referes, onde Nero é selvaticamente chicoteado. Muito violento para a época em que foi lançado.

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    Pedro Pereira

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  2. Alõ bruno e Thierry, fico emocionado quando escuto esta música, a man a lone cantada por Sergio Endrigo, e ótimo filme. somos fãs de carteirinha de spaguetti Italiano, e sem blá-blá-blá!

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