16 de novembro de 2011

Crítica: Sem Lei e Sem Alma

GUNFIGHT AT THE O.K. CORRAL

(SEM LEI E SEM ALMA)

Direção: John Sturges

Roteiro: Leon Uris

Produção: Hal B. Wallis

Ano: 1957

Elenco: Burt Lancaster, Kirk Douglas, Rhonda Fleming…

Duração: 122 minutos

Aqui, o notório tiroteio em O.K Corral é representado através de diferenças históricas, porém compensa na boa edição e na suave sonoridade.

Análise: Sem Lei e Sem Alma é um western estadunidense realizado no ano de 1957, pelo diretor já consagrado no gênero, John Sturges (Sete Homens e Um Destino, 1960). O filme é baseado no famoso duelo que se deu na cidade norte-americana de Tombstone, durante o fim do século XIX. Além deste trabalho de Sturges, o famoso fato do “tiroteio no O.K. Corral” também é narrado em mais outros tantos projetos cinematográficos, nos quais mais se destacam Paixão dos Fortes, de John Ford, em 1946.

Enquanto Wyatt Earp (Burt Lancaster) é o xerife de Dodge City, Doc Holliday (Kirk Douglas) se estabelece entre a profissão de dentista e jogador de cartas, sendo bastante conhecido por sua habilidade com armas. O encontro entre ambos acontece quando Earp salva Holliday de uma multidão em fúria, a qual queria linchá-lo. Portanto, após terem um breve conhecimento um do outro, a dupla que mais tarde se tornaria um sucesso no mundo inteiro une forças para livrar a região da gangue de Ike Clanton (Lyle Bettger).

O ápice de toda a história, contudo, apenas ocorre no final, quando sentimos o enfrentamento se apertar pelos dois lados no O.K. Corral, após Wyatt receber um telegrama de um de seus irmãos – este também xerife – pedindo ajuda.

O mais interessante é que, todas estas ações se dão sem deixar de lado as partes românticas dos faroestes criados nos Estados Unidos, expondo ao público tanto às paixões de Wyatt Earp quanto às de Doc Holliday.

Com a participação de Burt Lancaster e Kirk Douglas nos papéis principais, logo nos vem a mente um elenco arrasador. Sim, é verdade. Mas, como um bom revelador de talentos, o diretor John Sturges ainda dá espaço para os futuros vilões do western: Lee van Cleef e Dennis Hopper que, mesmo fazendo pequenas participações, já nos dão um prefácio do que seriam seus futuros na sétima-arte. Além disto, ainda há uma conveniente trilha sonora, destacando-se pela marcante e grudenta música-tema composta por Dimitri Tiomkin – o mesmo de Matar ou Morrer e Onde Começa o Inferno.

Acima de tudo, um dos mais notáveis destaques de Sem Lei e Sem Alma é em relação à presença de algumas contradições históricas e as diferenças entre o que aconteceu na realidade e o que se passou no filme: primeiramente, Wyatt ainda não era xerife, e seu irmão era um perseguido da Lei. Em segundo lugar, a batalha na realidade durou somente 30 segundos, tempo prolongado no filme para uma longa e duradoura batalha. Entre outras, estas são apenas algumas das diferenças entre a realidade e a ficção.

Finalizando, o trabalho conta com a agradável e leve direção do estadunidense John Sturges, a qual é ajudada pela ótima edição de Warren Low. O último dos elementos, inclusive, concorreu ao Oscar de Melhor Montagem pelo ano de 1958.

Além de ser um forte concorrente unicamente por esta categoria, o filme de quebra também concorreu ao prêmio de Melhor Som, sobretudo pelos incríveis ruídos que iam desde o embaralhar das cartas, o arrastar das cadeiras e o abrir das portas até os mais triviais disparos de revólveres e espingardas do velho-oeste.

MINHA NOTA PARA ESTE FILME:

ANÁLISE FEITA POR THIERRY VASQUES.

Um comentário:

  1. este western me decepcionou um pouco.

    mas gostei de ver o dennis hopper e lee van cleef surgindo.

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